The Project Gutenberg eBook of Sciências Naturaes

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Title: Sciências Naturaes

Author: Anonymous

Release date: August 9, 2006 [eBook #19013]

Language: Portuguese

*** START OF THE PROJECT GUTENBERG EBOOK SCIÊNCIAS NATURAES ***

Produced by Ricardo F. Diogo, Rita Farinha and the Online

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ENSINO PRIMÁRIO SCIÊNCIAS NATURAIS PELA REDACÇÃO da «EDUCAÇÃO NACIONAL»

Em harmonia com os Programas das Escolas Primárias de 18 de Outubro de 1902

(NOVA EDIÇÃO)
COMPANHIA PORTUGUESA EDITORA

Rua da Boavista, 307

DEPOSITÁRIOS
Lopes & C.^a Suc.^{or}—119, Rua do Almada, 123
Magalhães & Moniz—Largo dos Loios, 11-14

Pôrto—1915

SCIÊNCIAS NATURAIS

EM HARMONIA COM O PROGRAMA

I

*Matéria.—Corpo.—Os três reinos da natureza: animal, vegetal e mineral*.

1.—*Matéria* é a substância de que são feitos todos os corpos; ou tudo o que se pode apreciar pelos sentidos—vista, ouvido, cheiro, gosto ou tacto.

2.—*Corpo* é qualquer porção limitada de matéria, por ex.: um livro, um ôvo, um homem, uma andorinha.

Todos os corpos teem qualidades, que se chamam *propriedades* e que os distinguem completamente uns dos outros.

3.—*Os reinos da natureza*, ou grupos de sêres, são 3: animal, vegetal e mineral.

4.—O *animal* abrange os animais; o *vegetal*, todos os vegetais ou plantas; o *mineral*, os minerais, ou corpos sem vida.

5.—Chamam-se *animais*, os corpos que nascem, vivem, sentem e se movem por sua vontade, por ex.: os cães, os gatos, os cavalos.

[Figura: Animais]

De todos êstes sêres o mais perfeito é o homem.

6.—Chamam-se *vegetais* os que nascem, vivem e morrem, mas nem sentem, nem se movem por sua vontade, por ex.: a rosa, o castanheiro, a vide.

[Figura: Vegetais]

7.—Chamam-se *minerais* os que nem nascem, nem vivem, nem sentem, por ex.: as pedras, as moedas, a terra.

[Figura: Minerais]

8.—O homem pertence ao reino *animal*, mas distingue-se de todos os animais por ter raciocínio e *vontade* perfeita, um raciocínio e uma vontade que lhe fazem desejar e conhecer os sêres abstractos, ou que não teem corpo, como Deus, a alma, a bondade, a inteligência, a justiça, a felicidade, a sabedoria, o amor, etc. Por isso o homem é o único animal racional, porque tem raciocínio, e todos os outros animais se chamam irracionais, porque o não teem.

QUESTIONÁRIO—Que é matéria?—Que é corpo?—Exemplo do que é corpo.—Quantos são os reinos da natureza?—Os seus nomes?—Qual a diferença entre êles?—Que são animais?—Exemplos.—Que é o homem?—Em que difere dos outros animais?

II

*Divisão dos corpos em sólidos, líquidos e gasosos*

1.—Os corpos, quanto à sua constituição e forma, dividem-se em *sólidos*, *líquidos* e *gasosos*, sendo, pois, 3 os estados da matéria: sólido, líquido e gasoso.

2.—*Sólidos* são os que, geralmente duros, conservam sempre a mesma forma, ou que, para a perderem, teem de sofrer uma fôrça, ou um esfôrço da parte de quem lhes quer separar as partes de que são formados. Por ex.: uma pedra, uma mesa, um livro, uma árvore, um canivete.

[Figura: Sólido (canivete)]

3.—*Líquidos* são os que mudam de forma segundo o vaso em que estão e, livres dêsse vaso, caem, rolando as suas partes umas sôbre as outras. Por ex.: a água, o vinho, o azeite.

4.—*Gasosos* são os que, mudando de forma como os líquidos tendem sempre a subir e a aumentar de volume.

[Figura: Líquido (água)]

*Volume* dum corpo é a porção de espaço que êsse corpo ocupa.

[Figura: Volume (livro)]

5.—Para se compreender bem a diferença dêstes três estados da matéria, é bom saber que todos os corpos são formados por partículas chamadas moléculas e que estas são formadas por outras ainda mais pequenas, chamadas átomos.

6.—A fôrça que une as moléculas para formar os corpos chama-se coesão e a que une os átomos para formar as moléculas chama-se afinidade.

7.—Chamam-se *poros* os pequeninos espaços que há entre as moléculas. É fácil vê-los na pele do corpo humano, com o auxílio de um aparelho chamado lente, onde êles parecem pequenos furos. A lente permite-nos ver os objectos pequenos com um diámetro aparentemente maior que a ôlho nu. Quando estamos quentes, sai dos poros o suor. A fôrça que afasta as moléculas—chama-se fôrça repulsiva do calor.

[Figura: Lente]

8.—Dá-se o nome de *fluidos* aos líquidos e aos gases, porque uns e outros teem a propriedade de possuir moléculas muito móveis.

9.—Há ainda *corpos simples* e *corpos compostos*. Os corpos simples são formados duma só espécie de matéria, como o ouro, a prata, o fósforo, etc.; os compostos são formados por mais que uma espécie de matéria, como a água (que contêm hidrogénio, oxigénio, etc.), o vinho, o sal e outros.

QUESTIONÁRIO.—Como se dividem os corpos, quanto à forma, ou quais os estados da matéria?—Que são corpos sólidos?—Exemplos.—E líquidos?—Exemplos.—E gasosos?—Que é preciso saber para compreender bem os três estados da matéria?—Qual a fôrça que une as moléculas?—E a que une os átomos?—Que são poros?—Exemplo.—Qual a fôrça contrária à coesão?—Que são fluidos?—Que são corpos simples e corpos compostos?

III

*Exposição sumária dalguns efeitos que sôbre os corpos produzem, como agentes naturais, a gravidade, o calórico, a electricidade, o magnetismo, o som e a luz*.

1.—Chamam-se *agentes naturais* as fôrças que produzem os diversos fenómenos da Natureza.

2.—Os principais são: a gravidade, o som, o calor, a luz, a electricidade, o magnetismo.

3.—A *gravidade* é a fôrça que determina a queda dos corpos, porque a terra atrai-os. Assim, a fôrça que faz com que uma pedra, sôlta das mãos, se dirija logo ao chão e, portanto, a fôrça que, em iguais condições, atrai todos os corpos para o solo, com maior ou menor velocidade, é a gravidade.

[Figura: Gravidade]

É bom notar que *fôrça* é tudo o que produz, ou tende a produzir o movimento, ou tende a reduzi-lo ou ainda a destrui-lo.

4.—Os efeitos principais da gravidade são: o pêso dos corpos, a queda das chuvas, etc.

5.—O *calor* é a fôrça que, aquecendo os corpos, os dilata, isto é, aumenta-lhes o volume, tornando-os, portanto, menos densos. Alêm disso, derrete os metais, faz ferver a água, torna líquidos certos corpos sólidos, e gasosos os corpos líquidos.

6.—Os efeitos principais do calor são: a elevação de temperatura, os ventos, etc.

7.—A *electricidade* é a fôrça que, desenvolvida por meio do atrito de certos corpos ou pela fricção dêles, ou ainda pela pressão, pelo calor, etc., produz fenómenos muito variados—a fusão de certos metais, diversas combinações químicas, abalos no corpo humano, luz, etc.

8.—Os efeitos principais da *electricidade* são: as trovoadas, a luz eléctrica, etc.

[Figura: Electricidade]

9.—O *magnetismo* é a fôrça que dá aos imans a propriedade de atrairem o ferro, o aço, o níquel, o cobalto e outros metais. É, pois, iman todo o corpo que atrai êsses metais.

[Figura: Iman]

10.—Os efeitos do magnetismo são os mesmos da electricidade.

[Figura: Magnetismo]

11.—O *som* é uma sensação particular, despertada no ouvido pela vibração, ou movimento vibratório da matéria—ou é o movimento sonoro, o ruído que vem dos corpos sonoros.

[Figura: Som]

12.—Os sons principais são: o bramir da tempestade, a voz, etc.

13.—A *luz* é o agente que dá o fenómeno da visão, isto é, que nos permite ver.

[Figura: Luz]

14.—Os principais efeitos da luz são, alêm da iluminação dos corpos, o arco-íris, as miragens, etc.

QUESTIONÁRIO—Que são agentes naturais?—Quais os principais?—Que é gravidade?—Que é fôrça?—Efeitos da gravidade.—Que é o calor e seus efeitos?—Que são a electricidade, o magnetismo, os imans, o som, a luz e os seus efeitos?

IV

*A queda dos corpos.—A terra e os astros.—Atracção*

1.—A queda de todos os corpos na terra, ou a *gravidade*, é devida à atracção universal.

2.—A *Terra*, que atrai todos os corpos que nela existem, é tambêm atraída pelo *sol*, astro mais poderoso do que ela, porque os astros atraem-se uns aos outros. Assim, a *lua*, porque é 49 vezes menor que a terra, é atraída por esta.

3.—*Astros* são todos os corpos que giram constantemente na abóbada celeste. A *Terra* é um astro, porque gira tambêm nessa abóbada ou firmamento.

[Figura: Astros]

4.—A *Terra* é um *planeta*, porque não tem luz própria, recebe-a do *Sol*. Se tivesse luz própria era uma *estrêla* como o Sol e muitos astros.

5.—Da atracção universal é que resulta o movimento da Terra em volta do Sol e o da Lua em volta da Terra, assim como o de muitos astros em volta uns dos outros.

6.—Chama-se *fio de prumo* o fio que tem num dos extremos um corpo pesado que se deixa em liberdade.

[Figura: Fio de prumo]

A direcção do fio, logo que êsse corpo deixa de mover-se, é a do centro da Terra para onde a gravidade atrai todos os corpos.

QUESTIONÁRIO.—A que é devida a gravidade?—Qual é o corpo que atrai a terra?—Que são astros?—Qual a diferença entre planetas e estrêlas?—Que corpo atrai a lua?—Que resulta principalmente da atracção universal?—Que é o fio de prumo?—Como se acha a direcção do centro da Terra?

V

*Combustão e chama.—Termómetros*

1.—*Combustão* é o fenómeno que, por combinação do oxigénio (um dos gases que constituem o ar) com os corpos combustíveis (ou capazes de arderem), dá o calor e a luz.

[Figura: Calor]

2.—É exemplo vulgar de combustão qualquer incêndio, o arder duma vela, etc.

[Figura: Combustão]

3.—Chama-se comburente o oxigénio, porque nêle ardem os combustíveis.

4.—As *combustões* chamam-se *vivas*, quando os corpos se combinam rapidamente com o oxigénio, e *lentas* no caso contrário.

5.—Para se dar a *combustão* é preciso: 1.^o bastante oxigénio para ela se fazer; 2.^o a rápida saída dos corpos produzidos pela combinação do oxigénio com os combustíveis, e 3.^o que a temperatura nao desça tanto, que não seja possível a combinação com o oxigénio.

6.—A combinação do oxigénio com os combustíveis dá cinzas e fumo. O último, formado de gases e partículas sólidas, eleva-se no ar.

[Figura: Cinzas e fumo]

7.—Os combustíveis podem ser vegetais, como a madeira e o carvão da mesma (são os mais saùdáveis, logo que a madeira seja bem sêca, porque húmida, dá vómitos e síncopes) e minerais, como o carvão de pedra (hulha) e o coque.

8.—O *carvão de pedra* arde bem, dá bom calor, mas são precisas chaminés que expulsem bem os produtos da combustão, prejudiciais à saúde. O coque não tem fumo, nem cheiro, mas apaga-se fácilmente.

As cozinhas a gás e a petróleo exigem grandes cuidados pela facilidade das explosões, muitas vezes fatais.

9.—*Chama* é um vapor ou gás em combustão viva.

[Figura: Chama]

10.—A *chama* consta de 4 partes: a mais escura no centro, onde, por ex., na vela, está o pavio; uma parte luminosa, envolvendo a parte escura; uma parte externa, menos luminosa, ao cimo da chama, e uma parte azulada no fundo da chama. É fácil verificar, pela experiência, estas 4 partes, perfeitamente distintas. Os meninos podem verificar estas 4 partes acendendo um lume de cera.

11.—A *chama* tem a grande importância de nos dar luz de noite, ou nas velas, ou no petróleo, ou no gás de iluminação, etc.. Destas chamas deve preferir-se a que menos fatigue a vista e a que menos corrompa o ar. A luz da vela, e principalmente a do azeite, por ser mais fixa e preferível.

[Figura: Luz de azeite]

12.—*Temperatura* é o estado de aquecimento de um corpo. É alta, se a sensação é de quente; baixa, se é de frio.

13.—O instrumento que nos mostra com precisão a temperatura chama-se *termómetro*.

14.—O *termómetro* é formado por um tubo estreito, fechado em cima, e terminado em baixo por um pequeno depósito, que se enche de mercúrio ou alcool. O tubo está assente numa tàbuazinha, mais larga do que êle, que tem uns riscozinhos entre outros maiores e mais espaçados e com algarismos.

15.—Êstes algarismos são, de ambos os lados da tabuinha, um zero e, de traço em traço, espaçado e maior, 10, 20, 30, etc., acima e abaixo daquele zero.

16.—Quando a linha do mercúrio ou alcool sobe, a temperatura eleva-se, aquece, porque foi o calor, que dilata os corpos, o que elevou o mercúrio ou o alcool. Se desce a temperatura, arrefece ou baixa, porque o frio contrai os corpos. Para se saber o grau dêsse calor ou frio, basta ler o algarismo, junto do qual a linha de mercúrio ou alcool parou.

17.—Há 3 modos de medir a temperatura ou 3 escalas termométricas: a *centígrada*, a de *Reaumur* e de *Fahrnheit*. A 1.^a tem o zero na temperatura de gêlo fundente e 100° na da água a ferver e entre elas 100 partes iguais ou graus centígrados. A 2.^a tem o zero na temperatura de gêlo fundente e 80° na da água a ferver, sendo êsse espaço dividido em 80 partes. A 3.^a tem 32° na primeira temperatura e 212 na 2.^a.

18.—O sinal (°) significa graus.

19.—As divisões nas escalas estão para cima e para baixo de zero. Os graus acima de zero são positivos; os abaixo do zero negativos.

QUESTIONÁRIO.—Que é combustão?—Exemplo.—Que é a chama?—De quantas partes consta?—Que é temperatura?—Qual a sua importância?—Que é preferível para iluminar?—Que são termómetros?—Como conhecemos, por meio dêles, a temperatura?—Quantas são as escalas termométricas?—Que é corpo comburente?—E combustíveis?—Que são combustões vivas e lentas?—Que é preciso para se dar a combustão?—Donde veem as cinzas e o fumo?—Quantas espécies há de combustíveis?—Quais as qualidades do carvão de pedra, coque, etc.?—Que significa o sinal (°)?—Quantas espécies há de graus?

VI

*Vapor e suas aplicações principais—Aparelhos de distilação*

1.—Viu-se que o calor pode tornar líquido o corpo sólido e gasoso o corpo líquido. Assim, a água, sólida quando no estado de gêlo, com o calor torna-se líquida e pode beber-se, e, se o calor fôr muito forte, ferve e torna-se vapor, um fumozinho, ou gás, que se eleva acima da água fervente.

2.—O *vapor* é, pois, o gás que, proveniente dum líquido aquecido até ferver, se eleva na atmosfera.

Chama-se *vaporização* a transformação da água em vapor.

[Figura: Vaporização]

Se colocarmos ao sol uma bacia com uma pequena quantidade de água, veremos que ela desaparece em pouco tempo, isto é, que se evaporou ou que se deu o fenómeno da evaporação.

3.—As principais aplicações do vapor são as *máquinas a vapor* que arrastam os combóios, os navios chamados vapores, as máquinas das fábricas, etc., etc.

[Figura: Máquinas a vapor]

4.—A fôrça do vapor, que assim arrasta pesos enormes e transpõe rapidamente grandes distâncias, conhece-se, fácilmente, aquecendo água dentro dum vaso fechado. Se a água ferver e não a desabafarmos, a fôrça do vapor despedaçará o vaso.

Quando a água está fervendo, dizemos que está em *ebulição*.

[Figura: Ebulição]

5.—Na fôrça do vapor se baseia a construção de máquinas a vapor.

Uma máquina a vapor consta sempre de três partes: caldeira, que gera o vapor; cilindro ôco, tubo que distribui êsse vapor, produzindo um movimento rectilíneo; e aparelho transmissor, que faz a transmissão dêsse movimento a vários maquinismos industriais. A caldeira é um vaso cilíndrico a comunicar, por 2 tubos verticais, com dois cilindros menores.

[Figura: Caldeira]

Tem as paredes resistentes, de fôlha de ferro. Tem água até ao meio e aquecida por uma fornalha que tem debaixo e com chaminé para expelir os produtos da combustão. Junto à caldeira está um manómetro, espécie de relógio que indica a menor pressão do vapor. Para prevenir o descuido do maquinista em não deixar saír o vapor, tem ainda a caldeira orifícios com peças chamadas válvulas de segurança, que a fôrça do vapor abre de dentro para fora antes dêle forçar a resistência da caldeira. O cilindro ôco, tambêm chamado corpo de bomba, é um tubo dentro do qual se move um cilindrozinho massiço, chamado êmbolo e ligado a uma haste que transmite o movimento para fora. Ao lado do corpo de bomba há uma caixa que, por distribuir o vapor, se chama caixa de distribuição. Dentro dela corre uma gaveta. O cilindro comunica com a caixa por meio de 2 orifícios. O aparelho tem ainda um orifício que dá comunicação com a atmosfera ou com o recipiente em que se condensa o vapor.

6.—Funciona assim: O vapor vem da caldeira, entra pelo tubo, passa à caixa de distribuição e entra no corpo de bomba. E então empurra o êmbolo. O vapor que está em cima dêste escapa-se para fora. Depois, quando o êmbolo sobe, o vapor da caldeira abate o êmbolo e o vapor que o fêz subir escapa-se para fora.

7.—Êste movimento rectilineo pode mudar-se em circular. Como a haste do êmbolo está ligada a uma haste metálica, chamada balanceio, que fixa, no seu meio, se liga pela extremidade a um tirante e êste ainda ligado a uma manivela, o eixo da roda do maquinismo tem o movimento de rotação.

8.—É vulgar dizer-se que uma máquina tem a fôrça de 10 ou 100 cavalos-vapor. O cavalo-vapor é o trabalho de 75 kilográmetros ou, mais claro, o esfôrço preciso para levantar 75 kilogramas à altura dum metro num segundo.

9.—Chama-se *sublimação* à propriedade que alguns corpos teem de passar de sólidos a gasosos, sem passarem pelo estado líquido.

Tais são a cânfora e o iódo.

10.—A passagem do estado de vapor ao estado líquido, devido ao resfriamento do mesmo vapor, chama-se *condensação*.

11.—A *vaporização* tem uma aplicação importante nos aparelhos de distilação, que servem para purificarmos um líquido, tirando-lhe qualquer corpo volátil, isto é, que possa passar ao estado de vapor.

[Figura: Areómetro]

12.—Chamam-se *alambiques* os aparelhos que servem para extrairmos, duma substância, um corpo volátil.

13.—O alambique consta de três partes: caldeira, capitel e condensador.

14.—A caldeira deposita o líquido que se vai purificar, ou a substância de que se extrai um corpo volátil e comunica, por meio dum tubo recurvado, com um tubo chamado serpentina em forma de hélice e que está dentro dum depósito de água fria, chamado condensador.

15.—A maneira de funcionar é a seguinte: deita-se na caldeira o que se quer purificar. Aquece-se fortemente a caldeira até que a substância em questão se volatilize e passe à serpentina, por cuja extremidade inferior sai no estado líquido, depois de ter resfriado, e, portanto, condensado.

QUESTIONÁRIO.—Recordai os efeitos do calor.—Que é o vapor?—Que é a vaporização?—E evaporação?—Quais as suas principais aplicações?—Qual é a fôrça do vapor?—Que é ebulição?—Que é sublimação e condensação?—Descrevei uma máquina a vapor.—Qual o seu funcionamento?—Como se transforma em circular o movimento rectilíneo?—Que é o cavalo-vapor?—Que são aparelhos de distilação?—Que são alambiques?—Partes do alambique.—Seu funcionamento.

VII

*Corpos bons e maus condutores do calor.—Tecidos que devem usar-se no vestuário, conforme as idades, estações e climas.*

1.—Chamam-se bons condutores do calor os corpos que o conduzem com facilidade; e maus condutores os que o conduzem com dificuldade.

2.—Dos primeiros, são ex.: o ouro, o cobre, o ferro e a prata, que é fácil ver como transmitem depressa o calor; dos segundos, são ex.: a madeira, o vidro, os líquidos, os gases, etc., cuja dificuldade em transmitir o calor é tambêm muito fácil de experimentar, pelo que são excelentes isoladores.

[Figura: Mau condutor (madeira)]

3.—Os líquidos, com excepção do mercúrio, são péssimos condutores. São igualmente maus condutores os gases. Por isso o algodão e a lã, porque entre os fios conservam o ar, que é um gás, ou feito de gases, são maus condutores do calor.

[Figura: Bom condutor do calor (ferro)]

4.—É o sol uma origem de calor. O fenómeno do calor, por êle produzido, sem aquecer o espaço que atravessa, tem o nome de irradiação e êsse calor tem o nome de radiante.

5.—É *luminoso* todo o corpo que, como o sol, emite calor e luz; *obscuro*, o que só emite calor.

6.—Chamam-se diatérmicos os corpos que não aquecem, apesar de atravessados pelo calor radiante; e atérmicos os que aquecem e não deixam passar o calor.

São diatérmicos o ar e os gases, e atérmicos os metais.

7.—Os corpos quentes teem três poderes: emissivo, absorvente e reflector.

8.—Pelo primeiro, lançam fora de si certa quantidade de calor. Pelo segundo, absorvem o que é emitido. Pelo terceiro, parte do calor volta ao corpo que o gerou.

Êstes poderes variam nos diversos corpos, dependendo bastante da variação das côres dos mesmos corpos.

9.—Segue uma tabela de côres mais e menos absorventes e mais e menos reflectoras:

+——————————————————-+————————————————-+ |Mais absorventes e menos |Menos absorventes e mais | |reflectoras |reflectoras | +——————————————————-+————————————————-+ |Preta, violeta, anilada, azul-escura,|Branca, amarela, vermelha, verde,| |verde, vermelha, |azul-escura, anilada, violeta, | |amarela, branca. |preta. | +——————————————————-+————————————————-+

10.—O vestuário varia conforme as idades. Largo, embora confortador, não apertando o corpo e aquecendo-o, sem o fazer transpirar, na criança. Desafogado, preferindo-se o algodão ao linho nas roupas interiores.—que dormindo, não devem ser as mesmas que se trazem de dia, mas sem pressões de nastro, ligadura, colarinhos, calças (aqui se nota a vantagem dos suspensórios) e de coletes de espartilho, que prejudicam a circulação do sangue e a nutrição, nas pessoas adultas. Cobrir muito a cabeça nas crianças e nos adultos, principalmente quando se usam chapéus sem ventiladores, prejudica tambêm a saúde. Igualmente é nocivo o uso do calçado muito apertado.

[Figura: Suspensórios]

11.—O uso do bom vestuário deve ser auxiliado pelo bom leito, limpo, com colchões de palha ou folhelho; as roupas renovadas com freqùência, arejadas todos os dias e posto no lugar mais saùdavel e ventilado da casa.

12.—O vestuário varia conforme as estações; devendo ser quente no inverno, um pouco mais ligeiro na primavera, fresco no verão e igual ao da primavera no outono. Mas os vestuários nunca devem ser tão quentes que provoquem a transpiração, nem tão frescos que exponham o corpo a doenças com qualquer mudança repentina de temperatura.

13.—Tambêm varia o vestuário, segundo os climas, sendo natural que predominem os fatos quentes nos climas frios e os frescos nos climas quentes.

14.—Todavia, no uso dos vestuários, é preciso principalmente atender à saúde. Se o indivíduo é anémico, por ex., o seu vestuário, mesmo no verão, nunca pode ser demasiadamente fresco, etc., etc.

15.—Deve haver o máximo cuidado com a freqùente mudança das roupas interiores e nunca vestir de dia o que se veste de noite, ou vice-versa.

QUESTIONÁRIO.—Que são corpos bons e maus condutores do calor?—Que são corpos isoladores?—Que é irradiação?—Que são corpos luminosos e corpos obscuros?—E diatérmicos e atérmicos?—Quais os poderes dos corpos quentes?—Precise-os.—Quais as côres mais absorventes e quais as mais reflectoras?—A que se deve atender na escolha do vestuário?—Quando se deve preferir os fatos brancos aos pretos e vice-versa?—Como varia o vestuário conforme as idades?—Como deve ser o leito?—Como varia o vestuário conforme as estações?—E conforme os climas?—A que é preciso ainda atender quanto a vestuários?—Que cuidado deve haver com as roupas interiores?

VIII

*Condensação de vapores.—Nuvens, relâmpagos, trovão, faísca eléctrica, pára-raios, o vento.*

1.—Chama-se *Meteorologia* o estudo dos fenómenos realizados na atmosfera.

2.—A *atmosfera* é uma camada gasosa que envolve toda a Terra.

[Figura: Atmosfera]

3.—O ar atmosférico é matéria. Portanto obedece à gravidade. Por isso tem limites, não se elevando, pois, sôbre nós acima de 360 kilómetros.

4.—O pêso do ar sôbre a Terra é o que se chama pressão atmosférica. Esta pressão exerce-se em todos os sentidos, de cima para baixo e de baixo para cima e lateralmente, o que nos permite não sermos esmagados, porque o seu pêso é de 15:000 kilogramas.

5.—O ar é mais denso, isto é, mais pesado ao pé do mar do que nas altas montanhas, porque nos lugares baixos há mais massa de ar do que nos lugares altos.

6.—Chama-se barómetro o instrumento que indica as variações da pressão atmosférica.

7.—Consta êle duma caixa metálica, à qual se extraíu algum ar e de engrenagens ligadas, dum lado, à superfície da caixa, e do outro, a uma agulha. Se a superfície da caixa se deprime, é porque a pressão atmosférica aumenta; se ela se eleva, é porque a pressão diminui. Êstes movimentos são transmitidos à agulha, que se move sôbre um mostrador graduado, indicando Tempestade, Chuva, Tempo Variável, Bom, Fixo, Seco, etc.

8.—O vapor de água da atmosfera condensa-se, ao resfriar, como todos os vapores.

9.—As *nuvens* são resultado dessa condensação e igualmente os *nevoeiros*: são, pois, vapores condensados que flutuam no ar.

[Figura: Nuvens]

10.—As nuvens podem produzir a *chuva*, a *neve*, a *saraiva*. Dão chuva, quando as nuvens teem a temperatura baixa, porque os seus vapores condensam-se tanto que caem liquefeitos. Dão neve, quando a temperatura delas é inferior a zero, o que obriga a água a gelar, e a cair em flocos. Se êstes flocos são muito volumosos e duros, a neve chama-se granizo ou saraiva.

11.—Alêm das nuvens, o vapor de água do ar tambêm produz o *orvalho* e a *geada*. O primeiro é a condensação do vapor de água que há à superfície da terra, logo que o calor solar deixa de aquecer, caindo depois em gotas pequeninas; e o segundo, o mesmo vapor condensado, tornando-se sólido, por ter descido a temperatura abaixo de zero.

12.—Quando duas nuvens carregadas de electricidade contrária se aproximam, as duas electricidades reúnem-se e produzem uma faísca, cujo clarão se chama *relâmpago*.

13.—O *trovão* é o ruído feito pela reúnião das duas electricidades contrárias.

14.—As *faíscas eléctricas* são o produto luminoso do choque das electricidades contrárias e são elas que, caindo em zigue zague, produzem a luz azulada do relâmpago. Chamam-se *raios* quando as faíscas caem sôbre a terra.

15.—*Pára-raios* é um instrumento inventado por Franklin, para evitar os efeitos terríveis da faísca eléctrica, quando é verdadeiramente raio. É uma haste de ferro, terminada superiormente por uma ponta de platina ou cobre para não se enferrujar, visto a ferrugem ser má condutora da electricidade. Esta haste de ferro, fixa verticalmente na parte superior dum edifício, comunica com a terra por um cabo de fios de cobre ou de ferro.

[Figura: Pára-raios]

16.—Funciona assim: A nuvem electrizada electriza o edificio que tem pára-raios, mas atrai, pela ponta do pára-raios, a electricidade do edifício, electricidade que se eleva ao ar neutralizando a que desce. O raio, portanto, não cai, devido à electricidade conduzida pelo pára-raios; e, se a carga eléctrica da nuvem é excessiva, o pára-raios conduz para o solo o raio produzido, porque se encontra mais perto da nuvem, resguardando assim o edifício.

17.—Para sabermos a que distância está de nós a trovoada, basta multiplicar 340, que é o número de metros que o som percorre por segundo, pelo número de segundos que decorrem desde o aparecimento do relâmpago até se ouvir o trovão. A velocidade do som é, como já dissemos, de 340 metros por segundo, ao passo que a da luz é de 60:000 léguas. Eis a razão porque vemos primeiro o relâmpago e só passados alguns segundos ouvimos o trovão.

18.—O *vento* é um deslocamento, mais ou menos rápido, do ar.

[Figura: Vento]

19.—Os ventos servem para mover moínhos, barcos de vela, etc., e o instrumento que nos ensina a sua direcção chama-se *cata-vento*.

20.—O vento toma os nomes de *ciclone*, *tromba*, *furacão* ou *tufão*, quando aumenta de fôrça e destroi casas, árvores, etc.

[Figura: Tromba]

QUESTIONÁRIO—Que é meteorologia?—Que é atmosfera?—Qual a altura dela?—Que é pressão atmosférica?—Qual o seu pêso?—Como se exerce?—Onde é o ar mais denso?—Que é o barómetro?—De que consta?—Como funciona?—Quando se condensa o vapor de água na atmosfera?—Que são nuvens, nevoeiro, chuva, neve, saraiva, orvalho, etc.?—E trovão, relâmpago, faíscas, raio?—Porque se ouve o trovão depois de visto o relâmpago?—Que é pára-raios?—Como funciona?—Que é vento?—E cata-vento?—E ciclone, tufão, etc.?

IX

*Aplicação da electricidade.—Corpos bons e maus condutores.—A Bússola*

1.—As principais aplicações da electricidade, que não está em toda a massa dos corpos, e apenas na superfície dêles, mas segundo a forma dessa superfície, são: o *electro-iman*, instrumento que atrai vários corpos, como o ferro, o cobalto, o aço, etc.; o *telégrafo*, que comunica, por meio duma corrente eléctrica, os telegramas; o *telefone* que, pelo mesmo processo, comunica o som; as campainhas eléctricas; os motores eléctricos, etc.

*Bateria eléctrica* é uma reúnião de garrafas eléctricas, chamadas garrafas de Leide, tendo em comunicação todas as armaduras interiores e exteriores.

[Figura: Pilha de volta]

*Máquinas eléctricas* são aparelhos que servem para desenvolver grande quantidade de electricidade.

É preciso não esquecer que a electricidade não se desenvolve só por fricção, mas tambêm por contacto e por influência, como ainda pelas modificações que um corpo sofre. A água, ao evaporar-se, o carvão a arder, etc., produzem electricidade. É esta a electricidade utilizada nas *pilhas*. O sábio Volta fêz muitas rodelas de zinco, cobre, cartão molhado em água acidulada, e construiu assim a primeira pilha. O funcionamento da pilha é simples. Se ligarmos um fio de cobre ao primeiro zinco e outro ao último cobre, veremos, ao aproximá-los, uma faísca. Os dois pontos onde se ligam os fios chamam-se pólos da pilha.

Chama-se *circuito* o caminho da corrente eléctrica.

[Figura: Pilha Bunsen]

2.—*Corrente eléctrica* é a electricidade escapada dum corpo electrizado.

3.—Assim como há corpos bons e maus condutores do calor, assim os há da electricidade.

Aos corpos maus condutores da electricidade tambêm chamaremos isoladores.

4.—São *bons condutores* da electricidade: os metais, a água do mar, da chuva e das fontes, os corpos dos animais, etc.

5.—São *maus condutores* o vidro, a lã, a *sêda*, o ar sêco, etc.

6.—A *Bússola* é tambêm uma bela aplicação da electricidade. É constituida por uma chapa de metal, com o feitio dum losango, chapa que tem o nome de agulha magnética e sôbre a qual ela gira suspensa por uma ponta aguda.

A agulha magnética está encerrada numa caixinha de metal envidraçada, que tem ao fundo a rosa dos ventos.

7.—A bússola aponta o caminho aos navegantes, porque, sendo a Terra um enorme iman, ou magnete, e tendo 2 pólos magnéticos, perto de 2 pólos geográficos, as pontas da agulha magnética dirigem-se para os pontos magnéticos da Terra. Assim, a parte austral da bússola indica sempre o norte e a boreal sempre o sul.

8.—Tambêm é interessante aplicação da electricidade a *campainha eléctrica*, que consta dum electro-iman, dum martelo e duma campainha.

[Figura: Campainha eléctrica]

O *electro-iman* é a parte do circuito duma pilha cuja corrente se fêz carregando num botão pregado na parede.

A corrente entra, passa ao botão, percorre todo o fio do electro-iman e sai para a pilha. Mas como a peça a que está prêso o martelo é de ferro macio e pode fugir ao contacto com a lámina, o electro-iman atrai a peça e volta o martelo à primeira posição levado por uma mola elástica. O martelo bate na campainha todas as vezes que é atraído.

9.—O *telégrafo* consta duma corrente eléctrica, cujo circuito vai da estação de partida à de chegada. A corrente sai da pilha, vai pelo fio, chega à estação, passa para a terra, óptima condutora, e pela Terra volta á pilha, donde partiu. Ao passar pela estação de chegada, percorre o fio do electro-iman dum aparelho chamado *receptor*, que recebe o *telegrama*. O receptor consta do electro-iman e duma barra móvel em tôrno dum eixo central, que tem na extremidade uma peça de ferro macio, um ponteiro e uma roda em que se enrola uma fita constantemente impelida por um maquinismo de relojoaria.

[Figura: Telégrafo]

A corrente, instantánea ou entrecortada, ao passar, faz que o electro-iman atraia uma extremidade da barra e se levante a outra, comprimindo então o ponteiro a fita de encontro à peça de ferro macio e gravando-lhe um sinal.

A combinação dos sinais é que dá as letras e os algarismos.

10.—É ainda curioso o *telefone*, que nos permite, por electricidade, falar a pessoas muito distantes.

[Figura: Telefone]

11.—Tambêm é digna de menção a luz eléctrica, etc.

QUESTIONÁRIO.—Quais são as principais aplicações da electricidade e como se manifesta ela nos corpos?—Que é bateria eléctrica?—E garrafa de Leide?—E máquinas eléctricas?—De que modo se desenvolve ainda a electricidade?—Que é uma pilha?—Como funciona?—Que é uma corrente eléctrica?—Quais são os corpos bons e maus condutores da electricidade?—Que é a bússola?—E a campainha eléctrica?—E o telégrafo?—E o telefone?—Como funcionam êstes aparelhos?

X

*O som.—Qualidade dêle.—Eco.—Instrumentos de música*

1.—O Som distingue-se por três qualidades: *altura*, *intensidade* e *timbre*.

2.—Pela altura distinguem-se os sons baixos e altos, sendo tanto mais alto quanto maior fôr o número das vibrações.

3.—Pela intensidade percebem-se os sons a maior ou menor distância.

4.—Pelo timbre distinguem-se os sons da mesma altura e intensidade, embora venham de instrumentos diferentes.

5.—O *eco* dá-se, quando as ondas sonoras, encontrando qualquer obstáculo—um bosque, uma rocha, um monte—voltam para a origem do som.

6.—Há diferentes instrumentos de música, segundo a variedade de sons devida ao movimento vibratório. Chamam-se de corda, de sôpro, de palheta ou de percussão, segundo o que nêles vibra são, ou as cordas, ou as peles, ou os metais, etc.

QUESTIONÁRIO.—Quantas são as qualidades do som?—Que quer dizer a altura?—E intensidade?—E o timbre?—Que é eco?—Em que se baseia a diversidade dos instrumentos de música?

XI

*A luz.—Corpos luminosos, transparentes e opacos.—Arco-iris*

1.—A *Luz* é, como dissemos, a fôrça que nos permite ver e que ilumina os corpos.

2.—Há corpos *luminosos* e corpos *iluminados*.

3.—Os luminosos são os que emitem luz e os iluminados são os que recebem doutros a luz.

4.—Há ainda corpos *transparentes* e corpos *opacos*.

5.—Os transparentes são os que se deixam atravessar pela luz e os opacos os que se não deixam atravessar por ela.

6.—Há ainda os *translúcidos* que, deixando-se atravessar pela luz, não deixam distinguir através dêles os objectos.

A luz pode ser directa ou difusa, segundo ela nos vem directamente do sol ou reflectida por outros corpos iluminados. Á mudança de direcção que os raios luminosos sofrem, quando atravessam os corpos transparentes, chama-se *refracção da luz*.

7.—O *arco-íris* é um fenómeno luminoso, produzido pela luz do sol sôbre uma nuvem que vai dar chuva.

[Figura: Arco-íris]

8.—A razão das côres do arco-íris é que a luz solar, atravessando as gotas de água, decompõe-se nas sete côres que formam essa luz.

9.—Essas côres são: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anilado e violeta.

QUESTIONÁRIO.—Que é luz?—Que são corpos luminosos e iluminados?—Que são corpos transparentes e opacos?—E translúcidos?—Que é o arco-íris?—Que ocasiona as côres do arco-íris?—Quantas e quais são?—Que é refracção?

XII

*O corpo humano.—Sua divisão em cabeça, tronco e membros.—Nomes e situação dos ossos compridos*.

1.—O corpo humano é, principalmente, constituido pelo *esqueleto*, armação de ossos que sustenta a carne, os nervos, a pele, etc.

[Figura: Esqueleto]

2.—Divide-se em três partes: *cabeça*, *tronco* e *membros*.

3.—A cabeça consta de duas partes: cránio e face, estando dentro do cránio o cérebro e sendo formada a face pelos ossos que vão do queixo ao vértice do nariz.

[Figura: Cabeça]

4.—A *face* tem na parte superior duas cavidades, as órbitas, onde estão os olhos; no centro, as fossas nasais, e na parte inferior a bôca, que é amparada pelos ossos maxilares, onde estão implantados os dentes.

[Figura: A face]

5.—Divide-se o tronco em três partes: a *coluna vertebral*, *costelas* e *esterno*.

[Figura: O tronco]

6.—A coluna vertebral, que é constituida por vértebras, sustenta a cabeça. As vértebras dividem-se em cervicais, que são 7, dorsais, que são 12, e lombares, que são 5. A seguir às vértebras lombares temos ainda o osso chamado sacro, constituido pela união de vértebras e finalmente o cóccix. Do meio dela, do grupo das vértebras dorsais, partem as *costelas*, ossos arqueados que se juntam na frente ao *esterno*, que é um osso chato. As costelas e o esterno encerram o coração e os pulmões numa espécie de caixa.

8.—Ao tronco ligam-se os *membros*, os quais se dividem em superiores e inferiores.

[Figura: Membro superior]

Os *superiores* dividem-se em *espádua*, *braço*, *ante-braço* e *mão*, constando a espádua de dois ossos: o omoplata, que é chato e que se liga ao húmero, único osso do braço, e a clavícula adeante. O braço é formado pelo húmero e o ante-braço, ligado ao braço pelo cotovelo, consta de 2 ossos: o rádio e o cúbito.

Há no punho duas séries de ossos, formando o carpo; e na mão 5, formando o metacarpo e os dedos, que teem todos, à excepção do polegar, que não tem falangetas, as seguintes 3 divisões: *falanges*, *falanginhas* e *falangetas*. Consta, pois, a mão de 3 partes: carpo, metacarpo e dedos.

8.—Os membros inferiores constam do quadril ou bacia, constituida pelos ossos ilíacos, sacro e cóccix; da coxa, constituida pelo fémur; da perna, constituida pela tíbia e pelo peróneo, e do pé, dividido em tarso, metatarso e dedos.

[Figura: Membro inferior]

A rótula é um pequeno osso que pertence à articulação do joelho.

9.—Os ligamentos unem entre si os ossos. São cordões fibrosos. As articulações são os lugares do corpo em que os ossos teem movimento uns sôbre os outros.

[Figura: Ossos da bacia. a. ilíacos.—b. sacro.—c. cóccix]

Os órgãos que fazem mover os ossos chamam-se músculos. Os músculos podem ser voluntários ou involuntários, conforme nós os podemos contrair à vontade ou não.

[Figura: Músculos]

QUESTIONÁRIO.—Que é esqueleto?—Em quantas partes se divide?—Que é coluna vertebral?—De quantas vértebras consta?—Onde se alojam o coração e os pulmões?—Como se dividem e subdividem os membros?—De que são formadas as suas divisões e subdivisões?—Que são ligamentos e articulações?—E músculos?

XIII

*Os dentes.—Sua importância na vida humana.—Cuidados que deve merecer a sua conservação*.

1.—Os *dentes* são os órgãos com que mastigamos os alimentos.

2.—Há 3 espécies de dentes: incisivos, caninos e molares.

[Figura: Dentes]

3.—Os *incisivos* são 4 em cada maxila e estão à frente. São os que cortam o alimentos.

4.—Os *caninos* são 2 em cada maxila e estão dum e doutro lado dos incisivos. São os que despedaçam os alimentos.

5.—Os *molares* são 10 em cada maxila nos adultos (e 4 nas crianças, antes dos 7 anos). São os que moem os alimentos.

[Figura: Dente]

6.—É preciso conservar os dentes sempre muito limpos, lavando-os depois de cada refeição, palitando-os com vagar e cuidado, poupando-lhes esforços nocivos que possam roubar-lhes o esmalte.

QUESTIONÁRIO.—Que são dentes?—Quantas espécies há de dentes?—Quais os cuidados que êles nos merecem?

XIV

*Descrição sumária.—O aparelho digestivo.—Alimentos azotados e não azotados*.

1.—A *digestão* é a série de transformações por que os alimentos passam até se converterem em sangue.

2.—O aparelho digestivo é um canal com dois orifícios: a bôca e o ánus.

3.—A bôca é humedecida pela saliva, que vem de três pares de glândulas, chamadas salivares.

Na parte inferior da bôca temos a língua; a parte superior chama-se abóbada palatina, ou céu da bôca.

A bôca continua-se para trás e para baixo por meio dum tubo que vai ter ao estômago.

Na parte média está pendente duma pequena membrana, chamada véu palatino, uma espécie de lingùeta, chamada úvula; de cada lado da úvula há dois prolongamentos.

Êstes prolongamentos teem a forma de véus, chamados pilares anteriores e posteriores, e entre êles estão alojadas as amígdalas, glândulas da grossura de uma amêndoa.

4.—Á faringe segue-se o esófago, tubo que termina no estômago, que é um saco membranoso com glândulas que auxiliam a digestão, seguindo-se-lhe um tubo, muito longo, chamado intestino delgado, que comunica com outro tubo, chamado intestino grosso e que é terminado pelo ánus.

Vulgarmente, chama-se aos intestinos tripas.

5.—Os alimentos vão da bôca, depois de mastigados, e feitos bôlo alimentício pela saliva, ao longo da faringe, à qual se segue o esófago, e daí até ao estômago, cujas glândulas os transformam num corpo cinzento, chamado quimo.

Daí passam ao intestino delgado, onde se transformam em quilo, líquido côr de leite, sob a acção da bílis que é segregada pelo fígado. O quilo é absorvido pelas substâncias que repelem, pelo ánus, as matérias nocivas e transmitem o restante aos vasos onde corre o sangue.

6.—Os alimentos podem ser azotados e não azotados, ou plásticos e respiratórios, tambêm chamados combustíveis. Nos primeiros predomina o azote; nos segundos, hidrogénio, oxigénio e carbónio.

QUESTIONÁRIO.—Que é digestão?—De que consta o aparelho digestivo?—Que contêm a bôca?—Que se segue à faringe?—E ao esófago?—E ao estômago?—Que são intestinos?—Que é que os intestinos absorvem?—Quantas espécies há de alimentos?

XV

*Condições a que deve satisfazer a bôa alimentacão, conforme o sexo, estação, cilma e modo de vida habitual.—Escolha das águas potáveis.—Prejuízos das águas impuras.—Meio de as conhecer e purificar.—Conseqùências funestas do abuso de bebidas alcoólicas*.

1.—A bôa alimentação deve ser variada, misturando-se os alimentos *azotados* com os *não azotados*, por ex.: a carne, os ovos, o leite, com a farinha, o açúcar, as gorduras, os vegetais.

2.—Os ovos e o leite, todavia, são chamados *alimentos completos*, porque teem substâncias plásticas e respiratórias ou azotadas e não azotadas.

[Figura: Ovos]

3.—Os alimentos variam segundo o sexo. O homem precisa de alimentação mais sólida do que a mulher. Variam segundo a idade. As crianças precisam das refeições mais abundantes e freqùentes, porque o crescimento lhes exige reparações contínuas. Os alimentos variam com os climas. Em climas frios, devemos escolher de preferência as carnes e nos climas quentes os vegetais.

Finalmente, os alimentos variam com o modo de vida habitual. Na vida da cidade devemos usar da alimentação carnívora, se fôr muito sedentária, na do campo, devemos fazer predominar a vegetariana.

[Figura: Leite]

4.—São regras gerais da alimentação: as horas curtas das refeições; a mastigação lenta e beber pouco durante a comida; não trabalhar logo depois de comer, evitar iguarias exquisitas e nocivas; não comer de forma a encher de mais o estômago.

5.—As bebidas auxiliam a digestão. A melhor bebida é a água, que, contudo, deve ser bem *potável*, isto é, fresca límpida, sem cheiro, sem sabor doce ou amargo, cozendo bem os legumes e dissolvendo bem o sabão.

Se assim não fôr, é *impotável*. Há águas que não devemos beber, sem serem purificadas, porque podem ser gérmens de doenças graves, como o tifo, a cólera, etc.

6.—A água pode purificar-se, fervendo-a, destilando-a ou filtrando-a.

7.—Outras bebidas há, úteis quando se tomam moderadamente, como: o vinho, o café, o chá, etc.

[Figura: Filtro Pasteur]

8.—O abuso do vinho traz o *alcoolismo*, assim chamado porque o vinho encerra alcool, que quási sempre é um veneno para a saúde. O alcoólico é um doente, sujeito aos males mais terríveis. Dos alcoólicos é que veem muitos doidos, os criminosos, os raquíticos, os tuberculosos, os maiores infelizes.

9.—Se o abuso do vinho é prejudicial, o uso de outras bebidas alcoólicas, tais como a aguardente, genebra, conhaque, etc., é deveras prejudicialíssimo e de conseqùências desastrosas.

QUESTIONÁRIO.—Como deve ser a alimentação?—Que são ovos e o leite?—Como varia a alimentação segundo o sexo, a idade, o clima, a estação, o modo de vida?—Quais as regras gerais da alimentação?—Que são águas potáveis?—Quais as conseqùências do alcoolismo?

XVI

*Importância do ar atmosférico.—Sua composição.—Em que condições é saùdável.—Conseqùências fatais para a saúde que podem resultar de se respirar o ar viciado.—Asfixia.—Viciação do ar*.

1.—O ar atmosférico é necessário, primeiro que tudo, porque sem êle ninguem viveria. O ar rodeia a terra.

2.—O ar compõe-se, principalmente, de 2 gases: o oxigénio e o azote, alimentando o primeiro as combustões que o segundo modera. Alêm dêstes gases, o ar tem ainda vapor de água, que vem da evaporação das águas, e ácido carbónico, que é formado principalmente pela respiração dos animais, e das plantas.

3.—Para ser saúdável é preciso que o ar seja puro, isto é, muito rico de oxigénio. Portanto, quando respiramos só o ácido carbónico que de nós e doutros corpos se exala, podemos morrer, ou pelo menos, adoecer gravemente, pelo que é preciso ventilarmos bem as nossas habitações.

[Figura: Alcoolismo]

4.—*Asfixia* é, pois, a falta de ar puro ou a conseqùência de se respirar, por certo tempo, o ácido carbónico, sem mistura de oxigénio.

5.—O ar vicia-se quando não é renovado, porque respiramos mais ácido carbónico do que oxigénio; quando, num recinto pequeno, o oxigénio é pouco para um grande número de pessoas, que estejam nesse recinto; quando à respiração das pessoas contidas em estreito âmbito se ajuntam os gases de várias combustões: fogões, luzes, etc.; por meio das exalações venenosas das sentinas, sem ventilação e sem água; tendo flores ou frutos dentro dos quartos, não ventilados, enquanto se dorme; pelas poeiras das fábricas, poeiras que entram nocivamente nos brônquios; pelas exalações das águas paradas, ou pântanos; pelo apodrecimento de animais e plantas, etc.

6.—Devemos, pois, mesmo quando doentes, ventilar muito os quartos e outros aposentos, evitar casas húmidas, nunca indo viver para casas que não tenham sido arejadas e desinfectadas, nem para casas construidas há pouco sem que sequem as tintas e o ar tenha circulado meses por todos os seus compartimentos; usar ventiladores, mesmo de noite, e só evitar o ar encanado.

QUESTIONÁRIO.—Qual é a importância do ar?—De que se compõe o ar?—Que é preciso para que seja saudável?—Que é asfixia?—Como é viciado o ar?—A que devemos atender para termos bom ar?

XVII

*O ar, constantemente renovado, como principal agente curativo de certas doenças.—A tuberculose pulmonar.—Cuidados para evitar a propagação desta doença.—Perigo de contágio por falta de precauções.—Doenças contagiosas.—Principais desinfectantes.—Os mais fáceis de obter em razão do preço.—Como se empregam.—Varíola.—Necessidade da vacinação*.

1.—A renovação constante do ar, principalmente durante o sono, de noite, é um dos remédios melhores para a cura da tuberculose, tendo dado resultados admiráveis nessa doença como no tratamento do tifo e outras enfermidades.

2.—A *tuberculose pulmonar* ou *tísica*—devida ao *micróbio* ou *bacilo* de Kock, que se aloja nos pulmões, chagando-os, é uma doença que hoje ataca muita gente, pelos poucos cuidados que há em evitar a sua propagação. Êste micróbio tambêm se pode alojar na laringe, nos intestinos, etc.

3.—Os principais cuidados a empregar são: mandar escarrar os tuberculosos em escarradores com água, tendo desinfectante, porque os escarros, quando secam, espalham micróbios pelo ar, o que é um perigo para todos; cheio o escarrador, devemos queimar os escarros no lume, e lavar o escarrador em água a ferver, não o despejando, pois, sem matarmos, assim, todos os micróbios; evitarmos os perdigotos, do tuberculoso, quando falarmos com êle; desinfectarmos as roupas e lenços dêle, antes de irem para a lavadeira; lavar em água a ferver as louças e toalhas de que o tuberculoso se sirva; não dar às crianças restos de comidas, de que êles se tenham arejar a casa e deixar entrar bem o sol, porque o sol e o ar são inimigos dos micróbios.

[Figura: Coração]

[Figura: Corte do Coração]

4.—Alêm da tuberculose, há outras doenças contagiosas, como o tifo, o sarampo, o garrotilho, a cólera, a coqueluche, a varíola, a escarlatina, etc.

5.—Para todas elas são precisos quási todos os cuidados acima prescritos, alêm do uso constante, dos desinfectantes, ou substâncias que matam os micróbios. Os principais e mais baratos são: o cloreto de cal, ácido fénico, capa-rosa azul, o gás sulfuroso, o leite de cal, etc.

[Figura: Tuberculose pulmonar]

6.—O sulfato de cobre (capa-rosa azul) é o melhor desinfectante das matérias fecais. Emprega-se na proporção de 7 gramas em cada litro de água. O ácido fénico, muito usado em lavagens de mãos, depois do contacto com os doentes, emprega-se na proporção de 2 a 6 por mil, isto é, 2 a 6 gramas em cada litro de água.

O gás sulfuroso obtem-se queimando enxôfre. Para desinfectar um quarto queima-se na proporção de 20 a 30 gramas por metro cúbico, fechando completamente as portas e janelas e só se abrindo 12 horas depois.

7.—A *varíola* ou *bexigas* combate-se tambêm com a desinfecção, mas todos podem mais ou menos evitá-la, vacinando-se.

[Figura: Escarrador]

A *vacinação* é uma necessidade evidente como precioso preventivo. Assim, todos os pais devem mandar vacinar os seus filhos ao 3.^o mês de idade e todos os adultos devem renovar a vacina de 7 em 7 anos.

QUESTIONÁRIO—Qual é o valor do ar constantemente renovado?—A que é devida a tuberculose?—Onde se aloja?—Quais os principais cuidados a empregar?—Quais são as outras doenças contagiosas?—Que são desinfectantes?—Quais os principais e mais económicos?—Como se empregam?—Como se foge ao perigo da varíola?

XVIII

*A respiração pela pele.—Importância do asseio do corpo e dos vestidos.—Inconveniências que resultam da falta de limpeza.—Banhos gerais.—Principais efeitos do banho, segundo a temperatura da água.—PRECAUÇÕES que se devem tomar para que não prejudique*.

1.—Alêm do exercício (passeio, movimentos gimnásticos, a saúde depende muito da bôa *respiração da pele*, que tem poros, como já dissemos), por onde sai o suor e a gordura, elementos nocivos ao organismo. É êste o fenómeno da *transpiração*. O suor, no verão, alivia o calor interno.

[Figura: Rim inteiro]

2.—Para que a pele respire bem é preciso que ande limpa de poeiras e que receba bem o ar, pelo que deve ser lavada freqùentes vezes e os vestidos não devem ser muito apertados, porque, de contrário, os poros tapam-se e as matérias nocivas, não sendo expelidas, causam doenças.

3.—É preciso, pois, o uso freqùente dos banhos gerais, que podem ser frios ou tépidos, e só raras vezes quentes, porque debilitam muito o organismo.

[Figura: Banhos]

4.—Os banhos frios sao fortificantes no inverno e refrigerantes no verão. Os tépidos são os que lavam melhor e mais moderam a circulação. Mas todos devem ser rápidos, embora freqùentes, sendo útil não perder o calor natural, com o enxugamento que hoje é substituido ou pelo vestir rápido, seguido de exercício que dê logo a reacção que enxuga de per si o corpo, ou pelo abrigo no leito com o maior resguardo até que a reacção seja completa.

5.—As principais precauções gerais a respeito dos banhos são: tomá-los 4 horas depois das refeições ou melhor em jejum; evitar, na casa de banho, as correntes de ar; provocar sempre fortemente a reacção; não tomar os banhos tendo frio, pelo que é útil tomá-los depois de bastante exercício; molhar, o menos possível, a cabeça, e, quando molhada, enxugá-la completamente, por causa dos cabelos não concentrarem a humidade; nunca tomar banho logo em seguida a uma excitação violenta.

6.—Devemos, alêm disso, lavar três, quatro e mais vezes por dia a cara e as mãos, e pelo menos uma ou duas vezes por semana os pés.

QUESTIONÁRIO.—Que é respiração pela pele?—Que é preciso para a pele respirar bem?—Quantas espécies há de banhos?—Que diferença há entre uns e outros?—Que precauções devemos tomar relativamente aos banhos?

FIM

ÍNDICE

I.—Matéria.—Corpo, etc. 5

II.—Divisão dos corpos em sólidos, etc. 8

III.—Exposição sumária dalguns efeitos que sôbre os corpos produzem, como agentes naturais, a gravidade, etc. 11

IV.—A queda dos corpos, etc. 15

V.—Combustão e chama.—Termómetros 17

VI.—Vapor e suas aplicações principais, etc. 23

VII.—Corpos bons e maus condutores do calor, etc. 29

VIII.—Condensação dos vapores, etc. 34

IX.—Aplicação da electricidade, etc. 40

X.—O som.—Qualidade dêle, etc. 46

XI.—A luz.—Corpos luminosos, etc. 47

XII.—O corpo humano.—Sua divisão em cabeça, tronco e membros, etc. 49

XIII.—Os dentes.—Sua importância na vida humana, etc. 55

XIV.—Descrição sumária.—O aparelho digestivo, etc. 56

XV.—Condições a que deve satisfazer a bôa alimentação, etc. 59

XVI.—Importância do ar atmosférico.—Sua composição, etc. 62

XVII.—O ar constantemente renovado, como principal agente curativo de certas doenças, etc. 65

XVIII.—A respiração pela pele.—Importância do asseio do corpo e dos vestidos, etc. 69